Respiramos o que resta de respeito
como um homem no leito de morte,
lutando por um pouco de ar.
Lavamos as mãos de nossas religiões
num lago de arrependimento.
E bem longe desse lugar,
aonde não poderão chegar,
outros banham-se em pureza,
em todo o divino que correu por nossas águas,
por nosso sangue derramado.
Anos prolongados de amargura -
morte do pai, do filho, do espírito.
Há uma estrela traidora no céu de noites quentes
brilhando a vontade de lutar,
acima de ilhas de vazio e solidão...
Hoje eu não quero ser o que somos
vivendo nesse mundo de sonhos orgulhosos,
dentro dessa sombra atormentada
hei de destruir: este divino DNA.
Assim rejeitando a salvação...
A fim de preservá-los
encontraremos um caminho diferente,
pois nosso amor é somente uma palavra
num campo de vítimas caídas,
num cemitério de almas escravizadas.
Monday, November 03, 2008
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