Sunday, August 02, 2009

betrayal

Eu tenho estado nas nuvens carregadas,
eu tenho me sentido tão laranja quanto os dias
de vento e poeira.
Talvez se um dia eu puder escolher
não voltar para o ontem.
Talvez se um dia eu acordasse
e não houvesse nada para ser consertado...
Você sabe o quanto eu odeio esse lugar,
e sabe que amanhã estarei de volta.
Você sabe o quanto mal tudo isso me faz,
mas sabe que eu estarei de volta.
Estou vivendo rápido,
estou vivendo porque não consigo
parar... parar para pensar.
Eu não consigo sentar e pensar,
sentar e escrever.
Eu consigo chorar, e esse choro termina
rápido e vazio.
Eu consigo rir, e ser menos feliz do que já fui
quando estive chorando.
Vocês chegam e me prometem um sentimento mais igual,
sob a minha pele acredito nas essências,
e vocês me mostram o mundo refletido em olhos.
Então tudo passa, estou traída.
TRAÍDA.
A tempestade se ameaça
e enche meus olhos de lágrimas
doloridas,
de dor e não tristeza,
de vaidade e não de orgulho.
Eu nunca gostei de drogas,
mas nesses tempos,
pills are BFF.
Talvez eu devesse cantar músicas mais alegres,
se o meu corpo não tivesse desistido,
se essa insistência me levasse além
de uma cova tão funda,
cada dia mais longe...
Além de uma pressão solitária de gravidade,
elasticidade...
Eu me deito, me sinto feliz
mas não durmo, e fico revirando lençóis
procurando o lugar mais fresco
quando minha temperatura sobe;
procurando nos túneis dos meus edredons
por fotos dos sonhos condenados pelo tempo
dos sinos que nunca vão soar nesse Templo.
Estou vivendo rápido;
estou traindo a morte...
Estou recolhendo destroçõs
e construindo um Museu.
Um dia, você verá arte em tudo isso,
um dia, vocês farão de mim uma mártir.

Um dia, você vai me trair.

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