Monday, July 21, 2008

The New Abyss

Eu quis algo por muito tempo, e no momento em que esteve perto, joguei-o fora, afinal, não era aquilo que eu queria, somente era o que me disseram que deveria querer.
Tenho sonhos maiores do que essa realidade supérflua e suas grades imponentes.
Nas minhas mãos, nada de instrumentos destrutivos, não a mim, nem a outros.
Quero o poder de ajudar, curar, aliviar a dor dos que sofrem.
Viver, e com isso mantê-los vivos, os meus ideais... respirar finalmente, todo o ar da liberdade, absorver todo o conhecimento, e essa felicidade proveniente das boas ações e sinceros sentimentos.

Por muitas vezes, senti a felicidade abraçar-me, então a paz reinou na minha alma, ao mesmo tempo, doeu saber que não teria com quem dividí-las. Assim como nestes tempos, por ter estado presa nesse círculo de descontrole e atitudes desesperadas, não pude exercer o meu amor sobre os outros o tanto quanto desejei.
Com um ideal maior para a minha alma, e um ideal maior sobre o que desejo deixar ao mundo, revejo que foi uma longa caminhada de volta para casa, de volta a mim, mas embora a dor tenha me feito ajoelhar e chorar tantas vezes, me sinto muito mais forte, determinada, e decidida.
Encontro-me certa de quem sou, e do que quero, esse companheirismo me ajudará a reconstruir o amor incondicional que há tanto eu havia perdido... por mim e por todos.

Nos últimos anos, achei que nunca poderia ser salva, que nunca voltaria a acreditar, agora posso dizer que muito daquela garota rebelde e desesperançosa estou devolvendo ao passado, aonde a tristeza expirada pertence...
É uma nova caminhada, longa, tortuosa, ... e com um destino, o que faz a diferença.
Dessa vez é a minha vontade que me move, e contra isso, nada nem ninguém me detém.

Carrego memórias, cicatrizes, erros e consequências... com orgulho - pois eu os venci.

Friday, July 11, 2008

one day, I'll fly away...

A intenção é ausentá-los de qualquer culpa,
embora nada fácil, nada fácil...
Todos os dias repetem-se os ecos infantis aterrorizados,
a claustrofobia do meu espírito
quanto ao confinamento que me desejaram...
Esse desejo que tomei como meu, e então, anulei-me por inteira.
E hoje, se ouso cair na tentação de libertar-me
estupro os meus apelos, silencio os meus gritos
e vomito toda a fome de viver.

Um dia, eu gostaria de pedir desculpas à menina do espelho...
que já não é mais uma menina.
... Que foi impedida de ser uma menina.
Eu a conheço. Eu a amo.
Não quero mais machucá-la.
Eu que tanto esperei por esse momento...
talvez nunca o veja.
Este lugar nunca foi um lar, meus olhos não descansam aqui.

Será que algum dia poderei adormecer sem medo?