Monday, March 31, 2008

let's go chasing rings..

Enquanto você tenta segurar as sombras da sua juventude acorrentando-as no seu teatro de atitude moderna, dançando com tudo e comprando a todos,
eu estou aqui: perplexa no abismo da minha intensidade, sentindo com todo o meu ser, este desintencional delator.
As suas drogas ilícitas não contêm o drama dos meus calmantes. Você tem 10 horas de euforia, eu tenho 20 anos...

Eu entendo que queira rir [sempre dos outros] e se divertir [sempre sozinha], e que a tristeza implícita no meu olhar incomode.
Que me abraçar, não consiste somente em demonstrar proteção [posse], mas em envolver a somatória da dor de uma criança, uma adolescente e uma adulta: todas desamparadas.
Eu me afoguei ao nadar contra as ondas solitárias de um mar de morte.
Hoje, flutuo na consciência que a água que eu engoli por sobrevivência condensa-se na alma de quem me sente, e que comprometer-se com um indivíduo que sofre é, em algum momento, encarar a própria consciência.
Explica-se por si só quando se distancia, não julgo esse seu medo de conhecer a verdadeira conseqüência de um erro. Se eu pudesse, teria abaixado os olhos antes que os dela tivessem me encontrado [escolhido].
Que no meu abraço, pode sentir a inexistência de renascimentos ou milagres, minando as suas sementinhas de esperança inconsciente. Você liga-se ao pulsos que te consideram essencial para que não mais se abram... "ESSENCIAL" ... sentimento tão oposto ao tudo e todos aos quais você vende seu corpo [substituível].

Por que eu posso ser mais feliz que você?
E por que eu não sou?
Eu ando sozinha. Tranquei a alma.
Conheço a glória de saber pertencer a um ideal.
Nesses tempos de batalhas isoladas, este tem sido meu único alimento.

Todo o seu conhecimento superior ao meu [eu sei que é muito, e reconheço ser deveras válido] estou disposta a aprender.
Sobre o jogo... algumas regras desconheço, outras prefiro não seguir...
porém, não me confunda com uma criança, só porque conservo uma inocência desconhecida.
O que eu ainda não sei, fica pra depois.

Sunday, March 30, 2008

Bone Checkings

Ansiosa demais. Checando meus ossos a toda hora...
Um medo, um ciclo. Tiro minha blusa e vejo se continuam lá, sim, estão lá... não engordei.
Ao arfar do meu peito eu os vejo correrem abaixo da minha pele. Os pulsos estão mais finos.
Meus ombros são largos demais, não gosto, esse tipo de estrutura faz com que eu pareça mais magra do que estou. Mentiras sinceras ao espelho.

Medo de engordar, já sei, tudo é familiar, mas não só isso... há um medo generalizado, nada de novo... até bastante empoeirado, eu diria.
Estou paralisada ao olhar desse meu existir decadente, periclitante...
A qualquer momento eu posso cair, e desaparecer na escuridão.

Me disseram que se eu pudesse escolher qualquer caminho, do mais pleno ao mais tortuoso, eu escolheria o caminho mais difícil, e muitos espinhos. Para que meus pés machucados sangrassem...
Não discordo.

Sunday, March 16, 2008

perfect day's memories

Acabei de fazer 85 minutos de esteira, mas consumi 1137 calorias, quase as 1200 diárias que eu estipulei como meta. Ou seja: tudo perfeitamente saudável.
Quando a situação chegar ao seu ápice, eu quero poder reler, e entender que sim, esse esforço deveras cansativo, prolongou ao máximo os meus dias saudáveis.
Deixo isso perfeitamente registrado.

Não irei me esquecer de mentiras sinceras,
durante o maior tempo possível que pude permanecer aqui, interessavam-me.
Sorrisos fingidos também são armas.

Tuesday, March 11, 2008

Bones & Self

Perdi a vontade de escrever o que tinha pensado. A de viver também.
Estou horrivelmente gorda... a algumas semanas atrás eu estava bem melhor.
Por que eu fui deixar isso acontecer novamente?
No 1º dia a Azure tinha percebido que eu emagreci! Agora ela perceberá o quê?
Que estou uma gorda ridícula novamente?
Todas as sextas-feiras voltaram a ser especiais.
Ou não. Nada me importa.

A sensação de estar enlouquecendo está de volta...
Eu pensei que enfiaria a ponta do guada-chuva bem nas costas dele,
por trás mesmo, bem covarde... assim como todos esses homens idiotas.
Merecem. But we all deserve to die!
O que não se entende, é que o dia que eu morrer, não será o dia certo, eu morro um pouquinho todos os dias. Então, será o dia em que eu cansei de morrer.
Uma parte de mim definha TODOS OS DIAS.
Minha alma é um gravetinho seco contorcido,
e eu devo me igualar a ela. Essa gordura não é minha.
Eu tenho o poder de dizer NÃO a tudo o que me alimenta.

No final, talvez nem meus ossos restem.

Hmm... but I want bones and self.