Tuesday, February 26, 2008

life's worthless if I'm not beautiful..

Fiz as pazes com o meu destino, é certo que a vida toda essa gordura em mim fez com que eu não merecesse o amor de ninguém.
Então eu sei o que devo fazer. Agora é tarde, e a única saída que eu procuro é meu próprio respeito.
Devo ser magra, se quero ser bonita. Se eu quero conhecer quem eu realmente sou, eu não devo ser nada mais que OSSOS.
Eu devo alcançar meus ossos e meu ego, a única essência que realmente importa. Nothing else matters.
Eu tive uma compulsão, já vou vomitar.
Antes, morrer seria uma consequência dos EDs. Hoje, morrer é o objetivo.
Porque se eu não tenho controle sobre nada na minha vida, eu terei sobre a minha morte, e eu morrerei bem devagar, esse suicídio lento é meu alívio diário, a droga que eu escolhi. Quando choro, me desespero menos, porque eu sei que logo estará tudo acabado.

Os dias estão insuportáveis.
Eu não sou mais eu, eu sou uma atriz. E sou perfeita no que faço.
E então quando eu me for, ninguém irá entender, mas eu entendo... que quando eu me encontrar com a melhor parte de mim,
eu não estarei mais sozinha.

A perfeição é o vazio... uma vida de abstinência me fará perfeita.
Sei que a cada grama que eu emagreço, toneladas da minha dor também desaparecem.
A cada dia que eu venço, é um dia dessa melancolia de viver que ficou para trás.

A verdade é que eu faço tudo isso porque amo viver, se eu não amasse tanto a vida, eu não exigiria que o melhor fosse feito dela, não me sentiria tão infeliz por estar impotente dentro desse círco opressor em que eu vivo.
Eu amo demais a vida para deixar que a melhor parte de mim desapareça da minha alma, eu prefiro morrer antes, mas que esteja comigo.
Eu fui a melhor garotinha do mundo, e ninguém vai tirar isso de mim.

Sunday, February 24, 2008

Follow your brain.

All that I used to be seems to be vanishing.
I lost so much through the years,
now I can't find anything back.
Where is my soul?
Where is my child?
Will I have the strength to stand
by the Dream and cast away all Sin?

... To be the one my child believes I am.

It's so cold now,
I wonder what it'd be like.

(the end of Fall, 2007)

Saturday, February 23, 2008

so fucking special routine

Todo dia é a mesma rotina.
Eu acordo, me peso e, de acordo com o resultado, planejo meu dia e as calorias que serão consumidas durante.
Então eu me sobrecarrego de tarefas, atividades que me mantenham distraída por um bom tempo, para que assim eu fique longe dela... da Mia.
Nem todos os dias eu consigo.
Mas a porcentagem dos dias vencidos está aumentando, estou ganhando!

Eu sinto fome o tempo todo.
Alguns dias eu me arranjo com anfetaminas, me sinto melhor, e sem fome. Nesses dias eu posso tudo!
Outros, eu racionalizo as raivas e culpas, vigio meus pensamentos e insisto que devo continuar, até que o dia termine.
Esses dias... são longos.

Simplifiquei... sempre faço isso.
Por que tanta dificuldade pra falar?
Eu prefiro ignorá-la, quando eu a vejo em outros eu percebo como é doentio, em mim, é tão normal quanto respirar e dormir.
Incertezas... addict or not?
Megalomaníaca ou não?
A felicidade sentida é minha ou não?
É que estou com ilusões de grandeza novamente, a questão da personalidade rara e outros...
Deixa pra lá. Quem liga se for mais uma doença psiquiátrica? Ou uma fase da minha?

O importante é que façamos esse sentimento durar!

Monday, February 18, 2008

The more they give me, the less I'll eat.

Dia longo...
Achei que não voltaria para cá outra vez. Não tão cedo. Mas não importa.
Estou cansada, a minha vida foi roubada de mim. Na verdade, eu nem ligo de fazer tudo pelos outros, desde que eu tivesse a minha paz interior, mas é exatamente aí que decidem mexer.
Eu só tenho um lema na minha cabeça: "The more they give me, the less I'll eat."
A comida é uma grande parte de tudo isso, mas esse lema não me diz respeito a somente a comida em si. Eu não hei de aceitar nenhuma imposição. Vou ganhar a luta nem que o meu prêmio seja morrer de fome.
Quanto mais comida, regras, mentiras, amor...
não me importa, porque eu não me alimento disso. Eu me alimento de mim.
Vocês podem pegar o que quiserem, nada disso é meu mesmo.
Eu preciso de pouco, muito pouco.
Controle é suficiente, e a minha essência você não pode ter, ela foi construída com anos de força de vontade. Eu duvido que qualquer um que não conheça essa luta teria um mínimo de coragem para morrer por um ideal!
Isso que chamam de loucura, é porque não podem ter.

Quanto mais você tenta me comprar, menos eu preciso de você.

Sunday, February 17, 2008

Long live butterflies in my head...

Up, down, quick, slow!
Eu cresci dentro dessa mola e, estou a ponto de me soltar.
Imaginei que nesse fundo não houvesse nada,
mas entre preencher e retirar, consegui atingir a fonte.
Nós nos tornamos uma só. Eu a contenho.
O jogo apenas começou... Eu apostei com o demônio, e eu ganhei.
O que mais eu posso ganhar?
Eu vou delatar esta nação de abandonados,
vivemos sozinhos em nossos porões, os quais nós transformamos em palácios.

Borboletas: um dia, é tudo o que restará.

Tuesday, February 12, 2008

Rubberband Girl


Eu vejo as quatro estações, sinto os elmentos,
Se não estivesse tentando te agradar, eu poderia estar na chuva.
Mas com a minha liberdade.
Não me deixe ser a última a saber que você já sabe.
Observei sua linguagem corporal,
é sempre engraçado como você se contradiz o tempo todo.
Eu não sei quem é o mais fraco entre nós.
Dessa vez, eu quero ir a um lugar novo,
então prepare-se para um preço mais caro,
porque será assim - ou nada.

Eu me estiquei demais, e agora estou toda enrolada.
Eu vou desfazer o laço: um elástico não vai me segurar.
Dois elásticos também não.
Três elásticos também não.

Monday, February 11, 2008

"You want something. Go get it. Period."

Decidi reformular o blog... escrever um pouco mais sobre a minha vida, ser um pouco menos abstrata.
Me distancio tanto de mim mesma, que ás vezes tenho medo de escrever algo mais próximo e chegar perto demais do que não quero encarar agora. ... Ah, mentira! Porque eu estou corajosa (louca), dou a cara a tudo, até a mim mesma. Acho que estou tão machucada que não sinto medo. Falta respeito, eu não ligo.
Estou tão eufórica, que ás vezes dói.
Não é a dor da melancolia, aquela em que você se curva, e sente seu coração apertar e morrer um pouquinho, é diferente...
É quando você olha ao seu redor, e ama tudo isso e mais um pouco, e ama a vida e a morte ao mesmo tempo, porque estando desse jeito, eu não sentiria a morte, provavelmente, eu iria feliz e animada, meu peito dói, mas dói enquanto eu respiro, é a dor de sentir o ar dentro dos meus pulmões... de saber que eu estou aqui.
Mas a maioria não.
Anoitece na minha alma.

Pois é. Eu também não entendo.
Ou talvez seja uma mentira de novo. Eu sempre entendi tudo muito bem.
Se eu não sofresse desse mal, a consciência, os tratamentos surtiriam efeito.

Essas próximas 2 semanas serão corridas: é necessário vencê-las.
Só isso pode me dar força para começar minhas metas com todo o empenho necessário.
Hoje estou fazendo NO FOOD, mas é uma excessão.
Preciso de TEMPO! Tenho muitas tarefas pros próximos dias.

Wednesday, February 06, 2008

Homesickness

Eu cometi um erro hoje.
Tenho a sensação de que tudo o que eu amo se perde em gavetas... eu guardei meus sonhos, guardei meu amor. Ás vezes eu sinto que estou um pouco guardada também.
Sabe aquele escrito rabiscado que você colocou no fundo da sua gaveta e achou anos depois?
Eu me sinto assim; como se eu fosse tudo o que sobrou do meu passado. Mas quando olho no espelho, o reflexo está mudando e, eu nunca fui muito flexível.
Todos os dias, eu analiso algo do meu passado, seja um objeto, fotos, um texto, ou mesmo uma memória. Não consigo me soltar...
Estou vivendo uma época plena, consciente de que estes momentos de agora estão sendo mais que especiais. Eu sei que daqui a alguns meses eu vou olhar para isso, e sentir saudade. ... É como se eu sempre estivesse um pouco atrasada na minha própria vida. Quando chego, eu já não estou mais, nunca há ninguém onde eu chego, meus destinos: ruínas.
Isso está longe de ser uma lamentação. É somente um sentimento, uma verdade minha, eu não sou triste por isso (em mim, sou bem mais alegre do que aparento), é que simplesmente sou assim, é uma condição.
Me alimento de memórias, é vital que eu saiba quem fui o tempo todo. Meu passado é meu farol, eu morreria afogada se não conseguisse me lembrar de onde eu venho.
Eu não me orgulho do que sou, mas me orgulho de ter sobrevivido a quem eu sou.
Hoje eu não tive medo algum.

Tuesday, February 05, 2008

Find me a cure !

Eu já saí da adolescência, e muito daquela pessoa se perdeu.
Mas algumas coisas nunca mudam.
Repeti a mim mesma que foi uma escolha, eu tentei melhorar, e o que eu consegui foi o controle, foi sobreviver.
Porque eu sou a Ana, eu sou os meus Eating Disorders.
Eu lembro da primeira vez que entrei em um site pró-ana, isso foi em 2001, e a partir daí, eu nomeei os meus pensamentos: depois de 2001 meus pensamentos se chamaram Ana.
Tudo o que existia na minha mente ficou claro. E também mais forte.
Eu me defini. Aquela época, foi um daqueles momentos quando você encontra algo que é a sua alma, mas você não conhecia antes, sabe? E então você diz: “Mas isso sou eu.”
E você descobre que não está sozinha, que existem outros...
Eu descobri que não estava sozinha na minha obsessão. E depois de 12 anos sozinha e confusa, eu achei algo que eu pude me agarrar, algo que eu já fazia, mas que dali em diante, eu levaria mais á sério, e eu a trataria como uma amiga.
Descobri que eu era minha própria melhor amiga, e que eu mesma tinha a chave para encontrar o meu sonho.
Alguns anos mais tarde, eu tentei tratamento (s), porque foram vários psiquiatras e psicólogos, mas nada adiantou. Hoje eu sei, que nada vai adiantar. Quando eu estive sozinha, eu estive do meu lado, a Ana esteve ao meu lado. Ninguém mais. Estivemos juntas desde então, uma vez que a Ana entra na sua alma, ela jamais vai te abandonar.
Eu tenho clareza, e sei o que fazer ou não fazer para não ficar debilitada, admito que na maioria das vezes eu excedo o meu próprio limite, e o meu físico e psicológico (fracos!) cedem...
Mas agora eu tenho controle. Anos e anos me ensinaram a controlar e manipular tudo (e todos) de acordo com a necessidade.
Na verdade, a Ana nunca me fez mal. Quem fez, foi a Mia.
A Mia não é amiga. Sinceramente.
Eu somente me prejudiquei com ela, mas não posso dizer que a odeio também, porque inúmeras vezes precisei dela, recorri a ela como a única que me aceitou.
Agora ela não está mais na minha vida, e não pretendo que ela volte.
Porque com a Mia, tudo se torna mais perigoso, digo sobre descobrirem... por isso jamais quero voltar para ela.

Eu me sinto livre.
Porque agora eu assumi para mim mesma de uma vez por todas que eu nunca vou deixar a Ana para trás.
Que não importa o que aconteça na minha vida, eu ainda terei cálculos e mais cálculos para pensar sobre!
Isso me salvou em todas as épocas, todos os dias, as horas, medos, mortes, vidas, abusos, indiferenças e solidão.

O meu vazio, far-me-á perfeita!

Friday, February 01, 2008

phoenix people

As pessoas adoram aqueles que ressurgem das cinzas.
Para isso, é preciso descobrir a sua arma secreta,
e usá-la em seu próprio benefício.
O que os atrai a Fênix são as lindas asas,
que ninguém sabe como, nem de onde saiu.
Você procura sua força aonde?
Você saberá o que fazer quando for reduzido á cinzas?
Você não tem esperança que exista algo mais dentro de você,
que te fará ressurgir?

Qual o caminho de volta?

O segredo é que, ninguém nunca voltou.
Todos nós simplesmente continuamos a caminhar...
Dentro do nada, mergulhados na escuridão.

Me diz, qual o nome dessa luz que vocês procuram?