Saturday, March 21, 2009

her 3 little spots

Agora eu conheço ambos: o que você ama e o que despreza.
Entendo como o tédio dos seus dias fazem você superfuncionar
por uma chance, uma saída para uma entrada.
Mas o que espera? Todos esperamos por algo,
todos menos os desesperados. Já esperaram demais.
Eu sei o que é ser um leão e se submeter aos cordeiros.
Presa e excluída da alcatéia por atrasar-se!
Atraso... qual o motivo do seu?
O intelecto? O coração?
Sua falta de percepção quanto ao seu redor?
[...]
Eu queria ser a linha dessa sua corrida.
Nas fotos do seu passado que estão comigo,
queria existir lá dentro... dentro do seu pensamento
dentro da foto, dentro do tempo.
Eu procurei algo novo de você
nos textos que escrevia em apostilas,
na agenda, nas últimas páginas do caderno...
Algo que eu tivesse esquecido,
e relembrar deveria ser suficiente.
Eu não achei.
Parece que te escondi tanto, que me escondi também.
E esqueci de te dizer,
que sim. Que eu gostaria de sair para tomar um café.
Eu nunca esqueci o seu telefone,
e você esqueceu meu nome.
Eu vou fazer você olhar para mim outra vez.

[... and I'll dream about your stars ...]

Monday, March 02, 2009

Wrong Turn

Qual mentira eu ando contando por aí nesses dias de sol?
Sei que quando a chuva chegar serei descoberta.
Uma louca no espelho. E o que eles estiveram vendo?
Eu fugindo de mim.
Me disseram que era impossível escapar a si mesmo,
mas os fiz todos errados!
Se me engano, me responda aonde estou.
Eu não quero nada genérico. Eu quero um mapa detalhado
do caminho de casa, o caminho do meu corpo.
Eu não quero ser esse vazio,
essa mente incolor e insípida,
num corpo sanguíneo.
Escrever me pareceu essencial por um tempo,
provei o oposto. Posso viver sem.
Posso escrever em pensamento. Não preciso de linhas.
E é exatamente por essa falta de linha,
que o meu caos é um buraco negro
para os obstáculos e distrações
contra os meus sonhos.
Se eu fosse um trem, e tivesse um trilho,
então eu teria um destino.
Mas eu ando sozinha, e nem sei por quais ruas.