Monday, May 19, 2008

Class Protector 2008

E volto eu e minha covardia, rastejando-nos.
Não é de graça que sou uma gorda mesmo, pudera, com tanta covardia,
não poderia ser nada além disso.
Covardia é coisa de gordo!
Já repararam como todo gordo é covarde? Covardes e fracos!
Quando eu entrei para essa vida eu tomei uma decisão: que não importasse o meu fim,
eu nunca mais soltaria das mãos da Ana.
E agora eu me flagrei em devaneios covardes,
amedrontada frente ás conseqüências.
Todos ao meu redor estão repletos de conquistas... jovens ambiciosos...
Eu não tenho nada que me orgulhe.
Ninguém sente pena das minhas tragédias além de mim.
Ás vezes gostaria de não ter sido tão amargurada pela vida,
de não duvidar do valor de todas essas mesquinharias cotidianas,
eu gostaria de passar por elas e não me surpreender,
assim como eles, nossos Jovens Ambiciosos...
será que eles sabem não há mais tempo?
Qual o segredo que eles já aprenderam, e eu não?
Será que em alguma dessas aulas que eu falto,
alguém revela o segredo da existência?

Sento-me no meu rochedo, observo o abismo,
como estou cansada de olhar perplexa para o fundo...
Vertigens puxam o gatilho das minhas convulsões febris,
e então já nem sei se estou me debatendo no chão,
ou se estou caindo...
ou se isso, é o fundo e nada mais.

Ah, eu comandaria Tuas tropas!
E seria a mais brava guerreira de Teu exército
se ao menos, houvesse um sentido para mim...
O que queres que eu faça?
Ajuda-me, e ajudá-los-ei!
Prometo dedicar-me e recompensar-te por minhas traições/distrações.
Não me deixe morrer assim,
como um soldado ma guerra errante com seus órgãos expostos,
sou uma serva, uma protetora.

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