Tuesday, September 09, 2008

Treasure Hunt - Love's Clue

O Amor... mas que garoto obstinado!
Não desiste de seu próprio sentido,
embora desacreditado.
Anda por aí, ditraído,
sussurando canções á esmo, rabiscando poemas,
...com suas roupas de cores sujas,
tão rosas, verdes e azuis, cinzas,
quantas cinzas! ...
pois o Amor tentou fumar um cigarro!
(Ah, a tentação, o proibido sempre lhe agradou! -
mas mero engano! Só lhe agrada o natural!
E além disso, o cigarro tinha um gosto tão ruim...
para o Amor, sempre tão doce.)
O Amor não sabe esperar, menininho ansioso!
Pensa que pode se encontrar quando quiser,
seu reflexo é claro - sua sombra é escuridão.
Ssshhhhh...! Fiquem quietos!
Não respire, só escute...
é que ás vezes o amor é tão quieto,
noutras - GRITA!
Grita tão alto que alguns preferem ser surdos.
O Amor é uma criança,
mas age como um velho sábio,
e tem hábitos de adulto,
disseram-lhe que deveria ser adulto,
hmmm... mas o Amor não escuta palavras alheias...
Mas que nada! Segue seu caminho,
sendo um garoto franzino, sozinho...
chorando, sorrindo, velando, tentando,
sempre, sempre buscando...
que seja pleno.

Amor senta-se no banco da praça,
encanta-se com as borboletas,
e colhe flores, indiferente, contente...
Enquanto isso, uma moça o observa,
sem saber que também é observada...
Alguém brinca com seus cachos e lhe diz:

- Veja aquele menino no banco...
- O que tem?
- Não sei, me parece tão fora de época...
- Por quê?
- É que está tão despreocupado, tão inocente...
- Sim, algo deve estar errado com ele.
- Sim ... ... deve estar com fome...
- Ás vezes penso que há algo de errado comigo.
- Está com fome?
- Não... é que...
- Também gostaria de estar naquele banco?
- Gostaria de segurar sua mão.
- Esse é o segredo, conte-nos mais!
- Eu conheço pouco...
- Acabou de encontrar mais uma das pistas...
- Sinto que já encontrei tantas... há tesouro?
- Encontrarás infinitas.

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