Saturday, January 10, 2009

feitos em dias intragáveis

É algo com o que eu devo conviver todos os dias.
Não que a vida deva ser desperdiçada
em arrependimentos e memórias,
mas os rastros, os fatos,
não desaparecem no sono da amnésia.
Eu me lembro de uma carta,
há uns 7 anos atrás,
em que eu lhe contei os motivos
do que então eu havia chamado de
'Minha Nova Vida'.
Que mesmo então, já era velha...
Hoje ela está mais para algum tipo de erva daninha,
competindo com todos os bons frutos
que eu desejo tão forte, tão cruelmente,
... eu desejo como o pecado,
como quando criança eu costumava rezar.
E desejar milagres!
Ajoelho e rezo, ajoelho e vomito.
E outros que não me convém expôr.

Estou me procurando,
não não! Não me confunda,
dessa vez não procuro o que perdi,
ah, dessa eu já encontrei algumas partes;
outras admito deixar como perdidas
para sempre.
Talvez alguém ache,
e que sirva pra esse alguém,
e que lhe diga o que fazer...
ou o que não fazer.
Eu, hoje, não ligo. Você que se entenda
com ela, comigo, com a sua imaginação.

Estou me procurando,
um barco nesses olhos,
uma corda, um porto, um farol -
uma informação temporária.
Você vê? TEM-PO-RÁ-RIA.
Numa ligação que está por vir,
nos textos por escrever,
nas pessoas para conhecer e desconhecer.
São as entradas de diário que eu vou apagar.
Que serão queimadas quando eu tiver tempo.
Como eu entendo que são poucos!
Como eu já entendo que se expôr tem preço
CARO, mais caro do que qualquer ostentação material.
Como eu entendo que são poucos
os dispostos a tirar sua mente do caminho,
a desfazer seu método
e atirar no coração da sua crença.

Quem é o pai desse meu desamor pelo mundo?

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