Friday, August 29, 2008

Breathe Me

Existe a arte que eu posso usar agora para trazer-me de volta á mim, ainda bem.
Eu não sei o que faria se não soubesse que existem outros assim, completamente sozinhos.
A semana foi longa, o dia foi longo, tudo parece durar uma eternidade, cada segundo, cada palavra em silêncio, mas quando dou por conta, os dias no calendário estão escassos, e falta pouco para mais um final, para a assimilação das novas recordações doloridas que carregarei comigo.
Perdi a consciência do meu problema, já não presto atenção no progresso ou regresso do meu estado.
Refugio-me em um lugar tão perigoso, que ah, se soubessem! Se soubessem aonde estou me escondendo...

Sinto algo chegando.
Um sinal latejando na minha mente, soa como conselhos, e como discussões... um alarme.
Qual é a falha que ainda não foi percebida?
Já não explico qualquer nuance das contradições que me mantêm distante.
E os sonhos? Esqueceram-me as ilusões!
Lembro-me que o amor é o ridículo, e hesito entre tentativas inúteis quanto a disfarçar o quão ridícula sou.

Confesso ter acreditado que com o tempo, eu derrubaria estas paredes...
No entanto, talvez eu nunca mais saia daqui.
Sinto muito em admitir que necessito de ajuda, e que não há como obtê-la, existe um abismo entre qualquer verdade interna e o que eu poderia expôr.

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