Tuesday, September 02, 2008

Vomiting Poetry

Tenho percebido certas atitudes erradas quanto ao caminho que vem surgindo para os meu pés, é como se isso tudo não fosse para mim, parece-me que me enganei quanto aos meus sonhos, já não tenho certeza até que ponto foi a minha voz que pronunciou estes sonhos, ou se foram as ordens desse exército na minha mente.
Se eu fosse mais leve, se pudesse enxergar meus ossos, se não estivesse presa á minha genética que passa a ser mais que uma simples herança - agora são fragmentos, e estes são fantasmas acorrentando-me a este cemitério de mágoas. ... Se eu pudesse sentir a minha essência, talvez me fosse permitido sentir as verdades que eu vomito... digerí-las, assimilá-las, e mudar radicalmente este caminho - que não é meu!

Até quando eu ficarei em busca de uma redenção, quando eu não sei qual foi o meu pecado?

Uma mão eu coloco sobre o meu coração, em uma tentativa boba e honesta de manter meus batimentos sob controle, de que ele agüente mais um pouquinho, só mais essa vez, a última... eu juro! Ah, quantas vezes já não as chamei de "Última"!
Da outra, escorrego meus dedos pela garganta e grito em pensamento tudo o que jamais teria coragem de dizer, e então sei que os meus segredos inconfessáveis irão me atravessar, rastejar esôfago acima, me corroendo, me fazendo sangrar... até que tudo o que eu ingeri à força tenha saído - até que eu já não agüente mais estar ali, curvada, encarando as minhas culpas - diluídas em ácido.

Se as paredes da cozinha e do banheiro falassem, diriam mais sobre mim do que eu jamais entenderei...

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