Friday, November 14, 2008

a bird's politeness

Toda essa calma, ou melhor, esse culto a calma,
me agride!
Honestamente, o seu Otimismo
é o instrumento pérfuro-cortante que mais tenho medo,
a lâmina cega que foi mais fundo na minha pele.
A casa ficou pequena, eu fiquei maior.
Os espaços lá fora são cheios de gente nova,
que são todos velhos,
desinteressantes e conhecidos.
Olho pela janela e penso sobre asas que me atordoam.
A mente avança no oceano da alma,
mas são tantas profundezas e tempestades,
que mais seguro seria uma pequena ilha!
De praia ensolarada sorridente e filmada.
E se eu quisesse ser feliz,
quem poderia ousar me condenar
por querer um pouco de paz?
Quero encontrar os que discordam.
Qual o desconhecido que vale a pena rejeitar
por um dia a mais de imagem & som?
Se afinal, existe
toda a paz que a propaganda nos promete...

O que é Vida, é condenado:
a limitar-se ou transcender-se.
Então meu suicídio é curioso,
quer saber como é do outro lado.

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