Wednesday, November 26, 2008

Mirror mirror, let me in..

Espelho,
uma vez que se perde o caminho,
anda-se desesperadamente em busca de
qualquer sinal que nos leve de volta para casa.
Uma vez que se sabe o caminho,
que ele está cravado na memória
aventura-se perigosamente,
afinal, a volta constitui a segurança
de saber... que existe um Lar aqui dentro.
Eu não tenho um lar real,
então minha mente imaginou castelos,
cavaleiros, princesas,
e me deu de presente...
Chamam-no de Esquizofrenia!
Mas como eu posso ser doente quando estou em Casa?
Eu continuo aqui porque posso ficar de olhos abertos
por horas estáticas - sem sentir o horror ao meu redor
do sangue derramado por cegos.
Como posso ser saudável quando
todos
estão fora do meu alcance,
se minhas mãos são de um corpo
mas não são minhas?
Porque o que eu toco desaparece no meu olhar...
Se o que eu sou, está construído
em terras imaginárias
e jamais, jamais pode escapar?
Não há algo como o tempo nesses campos,
alcanço o eterno, que não é infinito...

Espelho,
Quem é essa que se fez tão alta
e tão grande hoje?
Perto de um sentimento...
Tão segura que parecia não se lembrar
que o apetite para o exagero, o drama,
é sua humanidade exposta
pateticamente ao riso.

Espelho, espelho, fale comigo! Me responda!
Me conte o que existe aí atrás,
aonde estamos todas nós?
Onde está a luz de qualquer olhar?
Mostre-me um reflexo feliz,
me diga que ficarei bem,
me leve mais perto de você,
do meu contrário, da minha verdade...
Todos que eu amei,
retorne-os para esse lado!
Ou deixe-me entrar...

2 comments:

Luciene de Morais said...

May, eu li toda a sua página inicial. Esse foi que eu mais gostei. Impressionante!
Continue sempre!

Luciene de Morais said...

Onde você mora?