Monday, December 22, 2008

Dreams of a ridiculous girl

O bloco verde ficou lá,
estático, deitado na mesa fria,
segura a poeira do ar e me espera.
Sempre penso em segurá-los todos pelas asas
e fazer que nunca mais fujam de mim!
Os dias me abandonam mais rápido agora...
Ou talvez seja a mesma velocidade dos outros anos,
e ela cresça em proporção à crença no pensamento.

Estou sentada adiando.
Os passos, o Natal, o destino,
porque é isso que faço.
Rebato o acaso, um por um,
lanço-os a milhas de distância...
Adiei um sonho. É por isso que hoje
estava lá, frustrada, tentando reencontrar
dias que escaparam na fantasia e no pranto.

O tédio arde,
ou, no meu caso, corrói.
Só que já acostumei a esconder os restos.
Gota após gota a esperança vazou,
dia após dia a ilusão se decompôs.
Que isso não soe como uma reclamação;
existem dores muito piores que solidão e tristeza.

Engraçado como anotações e textos
contêm mais conclusões implícitas
do que eu gostaria de perceber...
Como a verdade do caos que me envolve
e sua aparência ordinária no quadro geral.
Chega a ser irritante como posso ouvir
as vozes ignorantes sobre esse tipo de dor
me aconselhando,
caso essa história fosse contada.
Levianas elas afirmam
que eu simplesmente não vivo.

- É mesmo?

1 comment:

Luciene de Morais said...

Você é tão jovem, e escreve tão bem!
Não entendo como ainda não lhe descobriram Parabéns.
E Feliz Natal!